sábado, outubro 29, 2005

Biografia

Maria Manuela Nogueira Rosa Dias Murteira nasceu em Lisboa, na Rua Coelho da Rocha, nÂş 16, hoje Casa Fernando Pessoa. AĂ­ habitou com os seus pais e o tio poeta.

Além do antigo curso de liceu (7º ano antigo) domina o francês e o inglês por ter frequentado escolas das respectivas nacionalidades. No IADE aprendeu cerâmica com Mestre Calado e pintura e desenho com mestre Lima de Freitas. Na mesma escola assistiu ao Curso de História da Arte pelo Professor Doutor António Quadros. Frequentou diversos cursos sobre literatura e arte e tirou, por corresponêndia, um curso sobre «Short Stories» no Regent Institute of London.

Publicou 15 livros, alguns dos quais mereceram prémios. Poeta, ficcionista e autora de vários livros para crianças, é convidada para escolas e bibliotecas para efectuar sessões de incentivo à leitura. Na qualidade de sobrinha de Fernando Pessoa, com quem viveu até aos dez anos, tem feito inúmeras palestras relacionando a vida do poeta com a sua obra. É sócia da SPA, APE e uma das sócias fundadoras da Associação Fernando Pessoa, sendo actualmente vice presidente. É actualmente Presidente do Lyceum Clube Internacional, Secção de Lisboa. Tem 9 600 sócias espalhadas por todo o Mundo. Este Clube tem como finalidade congregar as sócias para programas culturais, passeios e palestras sobre temas ajustados anualmente.

Incentivos Ă  leitura

«Há um número considerável de autores que se têm debruçado sobre as razões que levam certas crianças a apaixonarem-se pela leitura e outras a só lerem por obrigação. Este assunto tem feito germinar livros de maior ou menor êxito e tem dado ocasião a palestras, conferências e colóquios.Como autora, também de livros na área infanto-juvenil, é um tema pelo qual me tenho interessado. Pela já longa experiência tanto no contacto nas escolas e bibliotecas com crianças e jovens em acções de “incentivos à leitura”, como no meio familiar, onde tive o privilégio de observar os meus quatro filhos, oito netos e vários sobrinhos, constatei que há crianças que nascem com o interesse por ouvir e ler histórias e outras que precisam de incentivos.Sabe-se que há diferenças fundamentais na mobilização do cérebro feminino e masculino. Sabe-se que o hemisfério cerebral do lado direito é amplo, criativo, é a essência das coisas, das cores, receptivo, incita à meditação, à arte, à aventura, é o da intuição, da síntese, e do factor espacial.

O hemisfério esquerdo (bem entendido que usamos ambos) fornece a fala, a minúcia, a mecânica, a lógica; é fechado, cauteloso, repetitivo e verbal, também é analítico e privilegia a memória. Por isso as crianças aprendem de formas diferentes: de forma visual, verbal e cinestésica (pela observação da acção). Compreendendo bem as diferenças sabemos que não há receitas universais.Encontrei em meios carenciados, onde os pais não lêem e, portanto, o livro não está disponível em casa, crianças que se tornam assíduos leitores na biblioteca da escola. Verifiquei que crianças rodeadas de livros em casa de seus pais e avós mostram interesse por outras áreas. É evidente que o contador de histórias (pais, avós, amigos, educadores etc.) tem um papel importantíssimo. Saber ler histórias, especialmente teatralizando-as, mesmo que apenas dando especial ênfase aos textos, pode conquistar adeptos. Para além deste facto há os laços de ternura e a surpresa de momentos inesquecíveis que os intervenientes jamais esquecerão.Não há receitas infalíveis, mas pôr na mão do bebé livros é quase obrigatório. O livro é outro que não um brinquedo. Se compreendemos o que interessa realmente a determinado jovem e lhe entregamos um livro sobre esse assunto podemos incentivá-lo a futuras leituras. As facilidades actuais do mundo informático conduzem a que a elite dos leitores de livros formem um grupo especial. Baseada em George Steiner estou crente de que : "A linguagem existe, a arte existe, porque existe o outro." Ésquilo dizia: Sê o que és. Também é um sábio preceito.Quem escreve vai continuar a escrever para alguém e o número de pessoas não é tão importante como a qualidade de quem lê. Por momentos estabelece-se uma corrente invisível, mas terrivelmente fraterna e é só esse o desejo do escritor e do leitor. É o desejo dos pais e avós esclarecidos transmitir essa centelha aos mais novos tendo em conta os factores apontados e muitos mais que não cabem nesta nota.»

sexta-feira, outubro 28, 2005

Fernando Pessoa — Imagens de Uma Vida



Fernando Pessoa — Imagens de Uma Vida

Autor: -->NOGUEIRA, Manuela ASSÍRIO E ALVIM 1ª Edição de 2005
Páginas: 160

O corpo do livro pode considerar-se, em si, um documentário. Um documentário sem projecção sonora e sem movimento mas rico em imagens facultadas e, relevante, muito bem legendado. A autora, e organizadora, optou por uma sequenciação cronológica: respeita a sucessão do tempo, para as imagens, e baliza-as. Na escolha das imagens, ultrapassa o fio intimista e alarga o leque da amostragem a referências contextuantes a eventos e lugares significativos como marcas de leitura mais larga. Assim, a presença total deste «dossier» tem a valia de permitir, de facto, a leitura, que também lhe convém, da história e da sociedade do tempo em que a vida de Fernando Pessoa se inseriu. Uma fasquia temporal forte em mudanças, acontecimentos, progressos, recessões, quer no mundo lato, quer em Portugal. Vai de 1888, ano em que nasceu Fernando Pessoa, até fins de Novembro de 1935, data da sua morte. (Maria Aliete Galhoz, excerto da apresentação)

Dois Amores nas Torres GĂ©meas de Manhattan e outros Contos


Este livro de contos nasceu na noite do 11 deSetembro de 2001. O choque provocou uma noite insone e surgiu a ideia do conto:Dois amores nas TorresGémeas de Manhattan. Como já existiam outros contos aguardando o dia de serem comunicados aos outros, decidi entregar ao amigo Dr. José Manuel Ferreira, editorda Huggin que aceitou publicar.
Quando conheço um leitor de um livro que escrevi aguardo com impaciência a sua opinião. Peço que seja verdadeiro. Houve pelo menos três leitores que apesar de terem feito uma apreciação positiva tiveram o mesmocomentário:"são muito curtos...". Expliquei que num curso que tinha feito em Londres sobre "short Stories " me tinham ensinado que no conto deve-se criar o ambiente, as personagens, o clima psicológico, em poucas páginas. Há portanto uma economia de adjectivos e de adereços secundários. Por tedência pessoal gosto da síntese e aprecio os escritores que o coseguem. Esta foi a explicação que dei. Sei que algumas pessoas se decepcionam porque queriam saber mais sobre o destino das personagens. Se alguém que me ler quiser dar a sua opinião é sempre um gosto para mim. Comunicar pela palavra é um previlégio dos humanos.


Dois Amores nas Torres GĂ©meas de Manhattan e outros Contos

Autor: -->NOGUEIRA, Manuela HUGIN EDITORES 1ª Edição de 2002
Páginas: 104

quinta-feira, outubro 27, 2005

Passeio a Delfos E Outros Contos



Passeio a Delfos E Outros Contos

Autor: -->NOGUEIRA, Manuela HUGIN EDITORES 1ª Edição de 2000
Páginas: 159

Composto por dez contos reunidos sob o título do primeiro – Passeio a Delfos – as várias histórias, apesar de muito diversificadas, constituem-se numa grande unidade, simulando uma qualquer ordem que lhes é aparentemente estranha mas que cumprem sem esforço. Sem dúvida que todos estes contos são variantes de um mesmo tema: a viagem, entendida no seu sentido mais restrito de passeio a Delfos, i. e., de visita a um lugar sagrado por um viajante-peregrino que caminha em busca de um oráculo mitológico situado no centro do mundo.

O Castelo do Rodrigo



O Castelo do Rodrigo

Autor: -->NOGUEIRA, Manuela VERBO 1ª Edição de 2002Ler é Crescer Páginas: 28

O Rodrigo é um menino com muita imaginação, que acredita em todas as histórias que gosta de inventar. Num passeio com a avó visita o Castelo Rodrigo e daí nasce uma história que diverte os amigos da escola e a educadora durante muitos dias. Até que um dia o Rodrigo chega muito triste à escola dizendo que o seu castelo tinha sido invadido por um exército de ratazanas que não deixavam ninguém entrar, nem mesmo ele, o seu dono! Mas rapidamente surge uma solução: espalhar pelo castelo pastilhas elásticas para prender os dentes das ratazanas que não poderão mais roer e acabarão por morrer. Agora só falta arranjar um estratagema para matar as aranhas!

Cartas de Amor de Ofélia a Fernando Pessoa



Cartas de Amor de Ofélia a Fernando Pessoa

Autores: -->AZEVEDO, Maria da Conceição NOGUEIRA, Manuela ASSÍRIO E ALVIM 1ª Edição de 1996Arte e Produção Páginas: 335

«Meu adorado Fernandinho, grande amor da minha vida / Venho responder às tuas queridas cartinhas que me deram muita alegria, principalmente a primeira por ver que a essa hora enquanto eu naturalmente dormia e sonhava... tu estavas pensando em mim e dedicando-me alguns momentos, pena é estares tão doentinho! (...) Adeus meu Nininho agradeço os teus beijos e envio-te também jinhos sem conto, e sou só e sempre tua Ofélia...»

O Melhor do Mundo são as Crianças - Sinopse

“Era uma vez um elfo (que é uma fada macho) que estava apaixonado por uma princesa que não existia. Nunca, nunca um elfo se deve apaixonar por menos que uma princesa, mas, coitadas, há tantos elfos que nem todas elas podem existir.Ora estar apaixonado por uma princesa que não existe, ou mesmo por qualquer outra senhora do mesmo país, é uma coisa muito incómoda. As pessoas que não existem não têm conversa, nem convívio, nem mesmo coisa nenhuma. Não são bons pais nem boas mães, porque não são pais, nem mães, o que enfim sempre é uma desculpa, mas, todas as desculpas, não adianta nada”. Este é um texto inédito e inacabado de Fernando Pessoa, encontrado na posse da sua família e revelado nesta obra.Em “O Melhor do Mundo são as Crianças”, da autoria de Manuela Nogueira, sobrinha do poeta, podemos percorrer os caminhos da infância e adolescência de Pessoa, não só através dos seus textos, como também dos relatos e lembranças que a autora tem do tio. Memórias que sobreviveram gerações (através também da irmã do poeta, Henriqueta Madalena Nogueira Rosa, mãe de Manuela Nogueira) e que constituem hoje parte do legado do maior poeta português.

quarta-feira, outubro 26, 2005

O Pilha Galinhas


O Pilha-Galinhas é o herói principal deste livro. Andou fugido, perseguido, e agora faz parte do Clube do Pássaro da Furada. Uma avioneta caiu num pinhal e ... é aí o ponto de encontro de muitas aventuras.